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Uso excessivo das redes sociais prejudica saúde mental de jovens

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Uso excessivo de redes sociais entre crianças e adolescentes
Banco de Imagens – Pexels.com

Uso excessivo de redes sociais entre crianças e adolescentes

A popularização dos ‘smartphones’ ao redor do mundo fez com que o tempo em que crianças e adolescentes passam conectados à internet e redes sociais aumentasse drasticamente, tanto no Brasil, quanto em outros países do mundo.  

Uma pesquisa feita pela empresa de segurança McAfee revelou dados sobre o uso e comportamento de crianças e jovens ao redor do mundo na internet. No Brasil, 95% das crianças de 10 a 14 anos já utilizam o dispositivo móvel (smartphone), enquanto que a média em outros países é de 76%. Entre jovens de 17 a 18 anos, esse índice sobe para 99%, o que também é 6% acima da média global. 

Outro levantamento, vincula o uso de mídia social ao sono interrompido . Evidências mostram que problemas do sono contribuem para efeitos adversos à saúde mental, como depressão e perda de memória .

A pesquisa da  Trusted Source  revelou que as mídias sociais podem desencadear problemas de saúde mental também por expor indivíduos ao cyberbullying . Entre os mais de 6.000 entrevistados com idades entre 10 e 18 anos, cerca de metade deles havia sofrido cyberbullying.

Para comentar mais sobre o uso excessivo das redes e os efeitos na saúde mental de crianças e jovens, conversamos com o especialista em Sáude Mental, o psicólogo Alexander Bez (UCLA) .

[De acordo estudo do IBGE, o número de suicídios no Brasil entre jovens de 11 a 20 anos aumentou 49,6% entre os anos de 2014 a 2019. Esse período coincide com aumento do uso dos smartphones e redes sociais].

A exposição que as redes sociais trazem aos jovens, pode afeta de que forma a saúde mental dessa população?

Alexander Bez – Quando falamos em mídia social relacionada aos jovens, é importante separarmos três grupos de faixas etárias diferentes. O primeiro é aquele do final da terceira infância e começo da adolescência, o segundo é justamente os adolescentes e o terceiro já o grupo do final da adolescência e os ‘jovens adultos’.

É possível relacionar esse aumento nos suicídios ao uso abusivo e excessivo das redes sociais por essa parcela mais jovens da população?

Alexander Bez – Então, é importante tomar muito cuidado com a saúde mental desses jovens, o bullying infantil e na adolescência é algo extremamente sério, que pode levar realmente a uma depressão e até ao suicídio, como temos visto muitos casos nos últimos tempos infelizmente. Por isso, observar, ter uma atenção da família e acompanhamento médico periódico é fundamental.

Por que com o joven a atenção deve ser redobrada?

Alexander Bez – A principal diferença do impacto das mídias sociais quando falamos de jovens e adultos, é o nível de absorção, um ‘cancelamento’, por exemplo, vai ser muito mais reverberado negativamente na vida de um adolescente do que na vida de um adulto.

Quais orientações você pode dar a esse grupo?

Alexander Bez – Sempre manter sua privacidade intacta, eu acho que pode postar e tudo mais, mas conteúdos mais profundos, pessoais, do trato emocional, sentimental… acho que deveria ser um pouco mais privativo, até pra não dar espaço pra comentários; evitar exposição, ter uma vida equilibrada.

Quais hábitos contribuem para o uso saudável das redes sociais?

Alexander Bez – Manter sempre a saúde mental aferida, para isso é importante cuidar de todas as outras esferas, como ter uma boa qualidade de sono, boa alimentação, praticar atividades físicas, evitar estresses, se necessário manter sessões de terapia, entre outros fatores. A gente tem que lembrar o seguinte, do mesmo jeito que os adultos não vivem mais sem rede social, porque isso é uma realidade imutável, do mesmo modo quando ocorreu a globalização, a rede social é a mesma coisa, e a tendência é os jovens seguirem essa linha.

O filtrar também é muito importante, saber filtrar os conteúdos, se policiar, saber receber alguma crítica, transformando em crítica positiva e construtiva, e principalmente, estar blindado aos comentários negativos, não se deixar abalar (o que faz parte de ter uma boa saúde mental), para que esses comentários não venham a se tornar transtornos psicológicos. E para complementar, pessoas que já têm doenças psicológicas diagnosticadas devem se poupar de redes sociais, para não ter um agravamento desses quadros, enquanto eles não são sanados.

É importante também pontuar que, pessoas como Tom Holland tornar público que estão se afastando das redes para cuidar da saúde mental, é muito positivo, porque mostra que ele é um ser suscetível e tão frágil quanto qualquer outra pessoa, e mostra a importância de se cuidar, por isso é importante também não fazer comparações, com ninguém, cada um tem a sua vida e seus problemas, e devem lidar da melhor maneira possível.

Também no caso de crianças e adolescentes, como os pais podem lidar isso?

Alexander Bez – Os pais têm um papel preponderante na vida dos filhos, né? O que eles devem fazer é estar 100% presente e dar o apoio maciço e incondicional, para que assim a criança e o adolescente se sintam protegidos e acolhidos, mentalmente falando. O carinho e atenção recebidos dos pais, vão ser fundamentais para a formação da autoestima, uma pessoa, jovem ou não, com a autoestima fortalecida, não se deixa abalar tão facilmente por fatores externos.

No caso das crianças, os pais é que são responsáveis por filtrar os conteúdos, por ensinar os limites, por manter o acompanhamento médico e psicológico em dia, e principalmente por manter uma boa base familiar, para que essa ‘blindagem emocional’ seja formada na cabeça da criança desde cedo.

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Fonte: IG SAÚDE

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