Mato Grosso do Sul foi um dos estados que registraram menor crescimento de renda per capita nas famílias após a pandemia de covid-19, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Isso significa que houve pouco aumento nos rendimentos em comparação ao restante do País.
O Estado aparece na terceira posição quando se coloca o ranking nacional de ponta-cabeça. O índice sul-mato-grossense de variação de renda foi de 7,8%, o terceiro menor no Brasil. Estão abaixo disso apenas Ceará (6,9%) e Distrito Federal (6,3%).
O maior crescimento ocorreu na região Nordeste, destaque na pesquisa. Pernambuco (32,2%) e Alagoas (31,7%) tiveram os dois maiores impulsos.
O terceiro maior crescimento foi registrado bem ao lado de Mato Grosso do Sul: foi o de Mato Grosso, com aumento de 26,5% na renda média. O maior índice da região Centro-Oeste, inclusive.
Os dados analisados são de 2022, 2023 e 2024 e foram extraídos da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Renda domiciliar per capita é o valor médio que cada morador de uma casa teria se a renda total da família fosse dividida igualmente entre cada um. Já a média foi calculada a partir do resultado obtido em todas as famílias de cada estado.
8ª melhor renda – Por outro lado, Mato Grosso do Sul consta na lista como o estado com a 8ª maior renda per capita familiar média em 2024. O valor fechou o ano em R$ 2.105,00.
Em 2022, o valor médio foi de R$ 1.925,00. Em 2023, de R$ 2.080,00.
A maior renda média no Brasil é a do Distrito Federal, de R$ 3.276,00, que também teve o menor crescimento.
Observando apenas os resultados da região Centro-Oeste, Mato Grosso teve o melhor desempenho. Além da maior variação regional e a terceira maior do país, tem a 6ª maior renda média do país e a mais elevada de sua região.
Trabalho e transferência de renda – O levantamento também analisa a participação do trabalho na renda domiciliar. Mato Grosso do Sul tem alta participação: 79,6% em 2024, a 4ª maior do Brasil. Isso revela baixa dependência de programas sociais e sugere um mercado de trabalho relativamente sólido.
O total de 3,2% da renda dos sul-mato-grossenses vem de transferência de renda, colocando o estado como o 18º nesse ranking específico. A região Nordeste segue representando os maiores percentuais, com Maranhão na liderança.
Por Cassia Modena / Campo Grande News