sua informação está aqui

Flávio aponta falta dinheiro como ‘ponto crítico’ para campanha do pai

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Flávio Bolsonaro
O Antagonista

Flávio Bolsonaro

Com R$ 312 milhões em dinheiro público distribuídos a candidaturas da sigla, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pode ficar sem recursos para financiar a campanha presidencial num eventual segundo turno. O diagnóstico é do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador do projeto de reeleição do pai, que afirma estar “muito preocupado porque o dinheiro do partido acabou”. Ao GLOBO, ele admitiu frustração com as cifras doadas até agora por pessoas físicas, apesar de o presidente ter sido o candidato que mais arrecadou neste formato, R$ 10,8 milhões.

O senador reclama, porém, que a falta de recursos já tem afetado a campanha, como na escolha de destinos para viagens eleitorais do presidente — feitas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mas que precisam ser ressarcidas aos cofres públicos pelo partido —, e na distribuição de verba para financiar campanhas nos estados. Segundo ele, com cofres vazios, candidatos a deputado federal, estadual e distrital acabam não ajudando a impulsionar a candidatura de Bolsonaro.

“O dinheiro que aguardávamos que viesse com as arrecadações estão sendo realizadas de forma muito lenta ainda. Isso atrapalha muito. Fazemos conta para ver quanto custa o deslocamento do presidente de um lugar paro outro”, afirmou Flávio. “Poderíamos estar com uma força muito maior, com capilaridade muito maior com os candidatos do PL a deputado federal e estadual com mais recurso para fazer a campanha e levando o nome do Bolsonaro. Isso não está acontecendo porque não tem recurso. Esse é sim um ponto crítico da nossa campanha.”

Pressionado por candidatos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou na semana passada um vídeo nas redes socais prestando contas dos gastos do partido nas eleições deste ano. Na gravação, o dirigente afirma que há uma “dificuldade muito grande” e que se não houver doações o partido passará por um “aperto”.

“Nós temos esse quadro hoje, a dificuldade é muito grande. Se nós não tivermos doações, vamos passar um aperto muito grande”, afirmou. “É essa satisfação (prestação de contas) que eu queria dar para todos vocês, para que a gente continue trabalhando para receber doações. As doações são muito importantes para nós. O dinheiro que vem do fundo não é suficiente.”

Foco no congresso

Valdemar, no entanto, afirmou que a campanha de Bolsonaro “não é um problema” e que o presidente “não é de gastar”. Segundo o presidente do PL, a questão está nas candidaturas para deputados federal, estadual e senadores. O PL tenta eleger parlamentares para garantir uma boa bancada no Congresso.

“Então, o nosso grande problema está aqui, federal, estadual e senador. Presidente da República até hoje não deu problema para nós, e se Deus quiser não vai dar porque o Bolsonaro não é de gastar”, afirmou. “Vamos tentar fazer a maior bancada do Congresso Nacional, tanto na Câmara quanto no Senado.”

Integrantes da campanha de Bolsonaro, contudo, se queixam de Valdemar e apontam que a candidatura presidencial tem ficado sem recursos para bancar profissionais considerados estratégicos. O presidente, por exemplo, não dispõe de um fotógrafo oficial. As restrições financeiras também impedem colocar em prática planejamentos traçados pela equipe de comunicação. Entre elas, o impulsionamento de publicações nas redes sociais. Outros serviços que já estão limitados é a contratação de especialistas em métricas, dados, pesquisas de opinião, equipe de criação e até mesmo material de campanha, como adesivos para carros e bandeiras.

Estrutura

Após ser eleito em 2018 pelo PSL, na época uma sigla nanica, com uma campanha modesta, com gastos declarados de R$ 2,5 milhões, Bolsonaro optou por se filiar ao PL, entre outros motivos, pela estrutura que o partido poderia lhe oferecer. Com a sétima maior fatia do fundo eleitoral, porém, a sigla foi inflada por aliados do presidente e a distribuição dos recursos se tornou motivo de insatisfação interna.

Na Bahia, por exemplo, o ex-ministro João Roma (PL) recebeu até agora R$ 750 mil dos cofres do partidos, valor bastante aquém de adversários na disputa, como o ex-prefeito ACM Neto (União), que teve R$ 7,5 milhões investidos pelo seu partido, e Jerônimo, do PT, com R$ 3,5 milhões.

Dos 508 candidatos a deputado federal lançados pelo PL neste ano, 183 não haviam recebido nem um real até ontem, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cenário entre os candidatos a deputado estadual é um pouco pior. Quase metade dos candidatos não conseguiu dinheiro: dos 996 lançados, só 475 levaram algum recurso. Entre os distritais, dos 26 candidatos, 15 receberam.

De acordo com Valdemar, o partido já destinou todos os recursos que recebeu do fundo eleitoral: R$ 268 milhões. Além disso, o PL já gastou R$ 57 milhões do fundo partidário que haviam sido “poupados”, segundo ele. Nem todos os valores, porém, haviam sido declarados à Justiça Eleitoral até ontem.

O fundo eleitoral é pago aos partidos em anos de eleições, para ser utilizado nas campanhas. Já o fundo partidário é repassado todos os anos, para despesas correntes do partido, mas também pode ser aplicado nas campanhas.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o  perfil geral do Portal iG.

Fonte: IG Política

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Últimas Notícias

rotamsnoticias.com.br - Todos os direitos reservados