Somente 156 pessoas registraram em cartório o desejo de doar órgãos e tecidos em Mato Grosso do Sul desde que serviço foi lançado, em 2 de abril de 2024, há um ano e meio. O balanço foi informado nesta quarta-feira (24) pelo Colégio Notarial do Brasil, entidade que representa institucionalmente os tabeliães de notas brasileiros.
É possível registrar a vontade gratuitamente e de forma 100% digital por meio de uma Aedo (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos), acessando a plataforma nacional aedo.org.br. Em seguida, um tabelião de cartório da cidade irá agendar uma videoconferência para identificar o interessado e confirmar a manifestação. O último passo será assinar eletronicamente o documento e escolher quais órgãos pretende doar.
O registro é validado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ele pode ser consultado via CPF do falecido, pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, diretamente na Central Nacional de Doadores de Órgãos.
No entanto, o documento não garante que a doação será feita efetivamente. Isso porque, no Brasil, a retirada de órgãos e tecidos para doação só é possível quando existe autorização expressa da família. Mesmo que exista declaração da vontade deixada pela pessoa que morreu, a palavra final é sempre dos familiares.
Data importante – No próximo dia 27 de setembro, celebra-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data criada pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a importância do gesto de solidariedade.
De acordo com a pasta federal, foram realizados mais de 30 mil transplantes em 2024. Os órgãos mais transplantados foram o rim (6.320 transplantes) e o fígado (2.454). Entre os tecidos, aparecem a córnea (17.107) e a medula óssea (3.743).
Por Cassia Modena / Campo Grande News









