Coletivos de mulheres realizaram, nesta terça-feira (25), ato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para apresentar dossiê sobre violência de gênero e cobrar a criação da Procuradoria Especial da Mulher. A mobilização ocorre em meio ao mês mais violento da década no Estado, que já contabiliza seis feminicídios apenas em novembro e marcou a apresentação pública de dados atualizados sobre a violência contra mulheres no Estado.
Coletivos de mulheres realizaram, nesta terça-feira (25), ato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para apresentar dossiê sobre violência de gênero e cobrar a criação da Procuradoria Especial da Mulher. A mobilização ocorre em meio ao mês mais violento da década no Estado, que já contabiliza seis feminicídios apenas em novembro e marcou a apresentação pública de dados atualizados sobre a violência contra mulheres no Estado.
Durante a sessão, cerca de dez participantes levantaram cartazes e entoaram palavras de ordem: “Quantas mais têm que morrer para o Estado atuar?” e “Mulheres juntas fazem a diferença. Lutamos por justiça.” Entre as principais demandas está a criação da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia. O deputado Pedro Kemp (PT) foi um dos parlamentares que receberam o grupo e assumiu compromisso de articular a apresentação de um projeto de resolução ainda este ano.
Kemp afirmou que vai mobilizar a Mesa Diretora para que a proposta seja votada e aprovada antes do recesso. A ideia é encerrar 2025 com a procuradoria formalizada e iniciar 2026 com as primeiras ações estruturadas. “É o mês mais violento da década”, diz movimento.
Paola Silvestrini, vice-presidente da Associação Elas Podem, destacou que a mobilização integra os “21 dias de ativismo” pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Segundo ela, o cenário exige respostas imediatas do Estado. “Estamos ultrapassando dados de outros anos. Só em novembro tivemos seis mortes por feminicídio. É o mês mais violento da década em Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Paola reforçou que, além da Procuradoria, o dossiê apresenta outras reivindicações, como maior fiscalização da rede de proteção às mulheres e fortalecimento das políticas públicas. Ela defende que a atual Subsecretaria de Políticas para Mulheres seja elevada ao status de secretaria, com mais autonomia e orçamento. “As medidas protetivas já não dão conta sozinhas. Precisamos discutir novas estratégias legais e eficazes. É um problema sistêmico, que exige atuação firme dos nossos representantes”, concluiu.
Por Viviane Oliveira e Fernanda Palheta / Campo Grande News









