A ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação) relacionou as mortes causadas pela presença de metanol em bebidas alcoólicas à substância importada ilegalmente pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para ‘batizar’ combustíveis.
Em menos de um mês, o estado de São Paulo registrou nove casos e duas mortes por intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. As causas das mortes foram confirmadas pelo CVS (Centro de Vigilância Sanitária) no último sábado (27).
Em nota, a ABCF comunicou que suspeita que o fechamento de distribuidoras de combustível diretamente ligadas ao crime organizado podem ser o motivo dos envenenamentos e mortes.
“Ao ficar com tanques repletos de metanol lacrados e distribuidoras e formuladoras proibidas de operar, a facção e seus parceiros podem eventualmente ter revendido tal metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, auferindo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores”, afirmou a associação.
A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) identificou outros 13 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, cinco receberam alta, cinco estão em investigação e três permanecem internados. Já o CVS investiga, ao todo, dez casos no estado de São Paulo.
“A recomendação é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos, e que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar a vida em risco”, alertou o CVS, em nota.
Gustavo Henn – Midiamax









