sua informação está aqui

Após apreender celular, polícia avistou jovens circulando com carro de padre assassinado

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

A coletiva de imprensa concedida na manhã desta segunda-feira (17) revelou detalhes ainda não divulgados sobre a investigação que levou à prisão dos envolvidos na morte do padre Alexsandro da Silva Lima, em Dourados.

Os detalhes foram apresentados pelo delegado regional da Polícia Civil Adilson Stiguivitis e pelo delegado do SIG (Setor de Investigação Geral), Lucas Albe, que conduziram as diligências no sábado (15).

Conforme Stiguivitis, o caso começou a tomar forma no sábado (15), quando a delegacia regional recebeu a informação do desaparecimento do religioso.

“Integrantes da paróquia relataram que o padre não compareceu a uma reunião que estava agendada e o celular dele estava sendo atendido por outra pessoa, que dizia ter encontrado o aparelho em um terreno baldio, situação considerada estranha. Com base nisso, passamos o caso para o SIG, que iniciou uma série de diligências”, afirmou Adilson.

A pessoa que estava com o celular concordou em entregá-lo aos policiais e indicou o local onde teria encontrado o aparelho, próximo ao Instituto Federal.

“O nosso núcleo de inteligência conseguiu contato com a pessoa que estava com o celular. Essa pessoa informou que entregaria o aparelho para um policial. Fomos até a casa dela, ela entregou o telefone e indicou o local onde havia encontrado: um matagal perto do Instituto Federal”, relatou Lucas Albe.

Em seguida, enquanto os investigadores faziam buscas nos arredores do local indicado, o carro do padre apareceu circulando com quatro jovens dentro. “Quando estávamos realizando diligências na região, nos deparamos com o veículo do padre sendo conduzido por um indivíduo com mais três pessoas no interior. Isso chamou atenção imediatamente”, afirmou Albe.

A abordagem confirmou a desconfiança. “Assim que questionamos sobre a situação do carro, o condutor prontamente confessou que teria roubado o veículo do padre e que o teria matado. Então, mesmo antes da localização do corpo, nós já sabíamos quem era o autor do crime e sabíamos que o padre estava morto”, disse o delegado.

Enquanto isso, outra equipe já verificava a casa onde o padre passou a noite. “O local estava desorganizado, sujo, portas abertas. A perícia encontrou sangue e indícios de que o ataque poderia ter ocorrido ali”, explicou Albe.

Com a confissão, a polícia passou a investigar a participação dos outros ocupantes do veículo. De acordo com os delegados, dois deles, sendo um adulto e um adolescente, foram os responsáveis diretos pelo roubo e pela morte. Os demais, sendo um adulto e duas adolescentes, atuaram no pós-crime.

“Eles auxiliaram na limpeza da residência para tentar esconder indícios, carregaram o corpo dentro do carro e levaram até o Distrito Industrial. Também furtaram objetos da casa do padre, que depois foram encontrados na residência deles”, afirmou Albe.

O corpo do religioso foi localizado no bairro Distrito Industrial, enrolado em um tapete. A dinâmica indicou que houve participação de mais de uma pessoa no transporte do corpo. “O padre era maior do que o autor, então ficou claro que ele teve auxílio”, explicou o delegado do SIG.

Conforme já noticiado pelo Dourados News, no domingo (16), o grupo passou por audiência de custódia, apenas dois dos cinco acusados tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, os demais devem responder, a princípio, em liberdade pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual ao tentarem eliminar as provas do crime.

Por Cristina Nunes e Osvaldo Duarte / Dourados News

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Últimas Notícias

rotamsnoticias.com.br - Todos os direitos reservados