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Mais de um bilhão de jovens correm o risco de comprometer a audição

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Ouvir música muito alta no fone de ouvido pode lesionar as células ciliadas auditivas
Pixabay

Ouvir música muito alta no fone de ouvido pode lesionar as células ciliadas auditivas

Mais de um bilhão de jovens no mundo correm o risco de comprometer a audição devido a comportamentos de risco, como exposição prolongada e excessiva à música alta, seja no fone de ouvido ou não. O dado alarmante é fruto de um levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ao iG , a fonoaudióloga Graciane Gomes, da clínica Sonorità Aparelhos Auditivos, explica por que isso acontece, como tratar e, principalmente, prevenir.

Segundo Graciane, o ouvido humano tem um limite de volume sonoro ao qual ele pode ser exposto, que é de 85 dB (sigla para decibéis). Acima deste nível, as chamadas células ciliadas, que são os receptores sensoriais do sistema auditivo, são lesionadas. A partir daí, a audição pode ser comprometida, muito ou pouco, de forma temporária ou permanente. Os especialistas consideram que a audição pode ser comprometida em quatro graus de intensidade: leve, moderada, severa e profunda.

A fonouadióloga explica que um trabalhador de uma fábrica, por exemplo, pode trabalhar sob um volume de até 85 decibéis por até seis horas por dia, sempre utilizando o protetor auricular. Em festas, onde não há uma medição controlada das caixas de som, as pessoas no evento correm o risco de comprometer a audição.

Geralmente, as perdas auditivas que ocorrem nesses eventos temporárias e duram até, no máximo, 24 horas. Mas, há casos em que não.

“Eu conheço um caso de uma paciente que estava em uma festa rave e teve um comprometimento severo, quase profundo, em um dos ouvidos”, afirma a especialista. “Em determinado momento, deu uma microfonia muito alta e ela estava muito próxima a caixa de som.”

É comum jovens que frequentam festas com sons muito altos, como festas universitárias e raves, voltarem para casa ouvindo uma espécie de zumbido — um barulho semelhante a “pi” persistente que pode durar horas e horas. Este, de acordo com Graciane, é um dos sintomas que as células ciliadas auditivas foram lesionadas. Normalmente, esse zumbido costuma desaparecer depois de algumas horas. Mas pode durar por muito mais tempo, o que significa que o comprometimento auditivo foi de caráter permanente.

Existe uma técnica para tratar o zumbido associado à perda auditiva em que o paciente é exposto a um ruído “branco”, como as ondas do mar. Esse som vai enganar o ouvido — a pessoa para de prestar atenção no zumbido e começar a atentar ao som das ondas. Mas, segundo a fonoaudióloga o único tratamento que existe para tratar o comprometimento da escuta, uma vez que as células ciliadas foram lesionadas, é o uso de um aparelho auditivo. 

Para evitar um problema que pode ser irreversível, a especialista orienta usar protetores auriculares em festas e outros eventos com muito ruído e ouvir música em volume dentro do tolerável no fone de ouvido. Ela ressalta, ainda, que se deve evitar introduzir hastes flexíveis, como cotonetes, dentro do canal auditivo — isso pode perfurar a membrana timpânica — e realizar regularmente o exame de audiometria, que avalia a integridade do sistema auditivo.

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Fonte: IG SAÚDE

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