O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu para que a China quadruplicasse as compras de soja ao país norte-americano. Com esse novo pedido, o Brasil pode ser impactado.
Conforme divulgado pela Folha de São Paulo, na rede social Truth Social, Trump disse que a China estava preocupada com a falta do grão e que esperava que o país quadruplicasse rapidamente os pedidos dos EUA.
Atualmente, o Brasil exporta 70% do grão para a China e os EUA 30%. Embarcar quatro vezes mais faria com que os EUA ficassem com a maior parte.
O Estado já está sendo bastante afetado pelo tarifaço sobre a carne, que começou a vigorar no dia 6 de agosto.
Segundo a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), o momento é de ficar atento e assegurar a competitividade.
“Seguimos atentos aos movimentos do mercado internacional, reforçando a importância de investimentos em logística, armazenagem e políticas que assegurem a competitividade do nosso produtor”, disse o presidente Jorge Michelc.
Ainda de acordo com ele, independentemente das mudanças, o objetivo da entidade é manter a soja como referência.
“O objetivo da Aprosoja/MS é garantir que, independentemente de mudanças geopolíticas, o sojicultor sul-mato-grossense continue produzindo com rentabilidade e sustentabilidade, mantendo nossa soja como referência mundial”, completou.
O Campo Grande News entrou em contato com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e aguarda o retorno.
O grão é o segundo produto mais exportado por Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente da celulose, e a China é o principal destino das exportações.
No ano passado, Mato Grosso do Sul exportou para lá 86% de um total de 6,6 milhões de toneladas de soja enviadas ao mercado internacional. De janeiro a junho deste ano, já exportou US$ 1.821.700.375 em soja e 4.634.733 de toneladas.
Por Izabela Cavalcanti – Campo Grande News
